TECOP – Textos e Contextos do Orientalismo Português Congressos Internacionais de Orientalistas (1873-1973)
Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o projeto TECOP visa o estudo do Orientalismo Português num contexto comparatista e interdisciplinar. Procura dar visibilidade aos orientalistas portugueses que participaram nos Congressos Internacionais de Orientalistas e reconstituir as redes culturais, intelectuais e/ou científicas por eles formadas através da sua participação nesses congressos e nas sociedades científicas que os fomentaram. Entre 1873 e 1973, realizaram-se, oficialmente, vinte e nove encontros em vinte quatro cidades europeias e cinco extraeuropeias, reunindo investigadores de vários continentes, com vista a debater os estudos orientais praticados sobretudo na Europa e nos EUA. A escassa literatura crítica sobre estes congressos e, em particular, a ausência de Portugal no discurso historiográfico sobre eles mostram que esta questão tem sido periférica; também em Portugal o Orientalismo Português como área investigativa e disciplinar é recente e os resultados a alcançar com o presente projeto concorrem para o seu desenvolvimento. A importação e produção de saber, que sustentou o Orientalismo Português, bem como a repercussão das redes culturais, intelectuais e/ou científicas que os orientalistas portugueses estabeleceram estão por analisar. Importa clarificar a implicação institucional e como ela influiu na produção textual dos orientalistas participantes nos congressos, moldando o quadro teórico, estético e ideológico do Orientalismo Português. Propomo-nos, como linha de investigação inovadora, transferir esta questão da periferia para o centro do debate académico, contribuindo, deste modo, para a reconfiguração do saber produzido pela intelligentsia orientalista de matriz europeia, de que Portugal faz parte, e visando preencher a lacuna relativa à sua compreensão e história, resgatando, em simultâneo, o papel fulcral que Portugal teve na genealogia dos estudos orientais. O projeto teve início a 01 de julho de 2016 e terminou o seu período de financiamento a 30 de setembro de 2019.
O site/base de dados
O presente site/base de dados, um dos principais outputs do projeto TECOP, constitui-se como uma ferramenta de trabalho que garante acesso digital ao património orientalista (académico, intelectual, científico, literário, bibliográfico) produzido por agentes da cultura portuguesa e/ou de pertença a círculos culturais, académicos, intelectuais e/ou científicos portugueses. Trata-se de um dos principais meios de disseminação da investigação realizada, ao disponibilizar os materiais recolhidos no cumprimento dos objetivos do projeto, ao mesmo tempo que sistematiza a informação compilada e proporciona análises parciais desses dados.
Equipa de investigação
Marta Pacheco Pinto (Investigadora Responsável)
Ana Paula Avelar
Ana Paula Laborinho
Bruno Béu (de 01-07-2016 a 20-08-2018)
Catarina Nunes de Almeida
Duarte Drumond Braga
Everton V. Machado
Alexandra Nepomuceno (bolseira de investigação, de 12-09-2016 a 11-01-2018)
Catarina Severino (bolseira de investigação, de 01-09-2017 a 31-12-2018)
Marisa C. Gaspar (bolseira de investigação, de 01-10-2016 a 31-08-2017)
Consultores do projeto
Filipa Lowndes Vicente (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)
Jean-Pierre Dubost (Université Blaise Pascal)
Kenneth David Jackson (University of Yale)
Rosa Maria Perez (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa)
Colaboradores
Ariadne Nunes (Instituto de Literatura Tradicional da Universidade Nova de Lisboa)
Catarina Apolinário de Almeida (Centro de História da Universidade de Lisboa)
Marta Rosa (Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa)
Rita Delgado Martins (Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa)
Instituição de acolhimento
Instituições participantes
Este projeto é financiado através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do Projeto 3599 – Promover a Produção Científica, o Desenvolvimento Tecnológico e a Inovação – Não Cofinanciada (PTDC/CPC-CMP/0398/2014).